Cientistas espanhóis descobriram que DNA das mitocôndrias dos neurônios se degenera antes de qualquer outro sinal da doença
- Se nossos resultados iniciais puderem ser repetidos por outros laboratórios, os resultados vão mudar a forma como se pensa atualmente sobre as causas da doença de Alzheimer - disse Ramon Trullas, professor de pesquisa do Instituto de Pesquisa Biomédica de Barcelona e autor de o estudo que foi publicado na revista “Annals of Neurology“. - Esta descoberta pode permitir a busca de tratamentos mais eficazes que podem ser administradas durante a fase pré-clínica da doença."
Os pesquisadores do instituto demonstraram que uma diminuição do conteúdo de DNA mitocondrial (mtDNA) pode ser um indicador pré-clínico da doença de Alzheimer. A hipótese é de que a redução nos níveis de mtDNA em CSF refletem a diminuição da capacidade de funcionamento da mitocôndria dos neurônios do cérebro, provocando a sua morte. A diminuição da concentração de mtDNA precede o aparecimento de biomarcadores de Alzheimer mais conhecidos, sugerindo que o processo fisiopatológico da doença de Alzheimer é iniciado mais cedo do que se pensava, e que a redução mtDNA pode ser uma das primeiras preditoras da doença. O DNA mitocondrial em pode ser facilmente quantificado por uma máquina de sequenciamento genético.
A doença de Alzheimer afeta 35,6 milhões de pessoas no mundo. Estima-se que sejam mais de 1,2 milhão no Brasil. Nos EUA mais de cinco milhões de americanos têm a doença que é a sexta maior causa de morte no país. Atualmente, a única maneira para diagnosticar a doença com precisão é por meio de análise neuropatológica. Hoje, a relação de biomarcadores associada com a causa da doença é obscura, o que torna quase impossível diagnosticá-la com segurança em sua fase pré-clínica.
http://oglobo.globo.com/ciencia/pesquisa-identifica-sinal-de-alzheimer-dez-anos-antes-dos-sintomas-9516025
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